sábado, 8 de janeiro de 2011

Estranho..



Não sei se é certo dizer isso, mas preciso botar pra fora antes que me corroa por inteira, eu preciso de você, e sim é como um coração precisa de uma batida, é como o sangue precisa da veia, é como a mãe precisa do filho, é como a chuva precisa das nuvens, como se o céu precisasse de estrelas e o arco-íris de cor, é como se minha felicidade fosse você, e eu precisasse ser feliz, pelo menos por um dia. Hoje, quando eu vinha embora, encostei a cabeça no vidro do carro, e pude, sem nem pedir, ter um tempo só pra mim, eu sentia o vento gelado sobre meu rosto, pois o vidro da frente estava aberto, eu me arrepiava inteira, como se naquele momento, eu estivesse te escutando sussurrar em meu ouvido, eu sorria de lado, pois lembrava de você, mas continuava a me sentir magoada, talvez com medo, quem sabe. Eu olhava pra fora, como se tivesse procurando alguma coisa, mas não, eu só estava olhando, sem nenhum objetivo ou esperança, olhei o céu, ele estava meio laranja, deve ser por causa do tempo de chuva, mas ele estava lindo, lindo mesmo, pensei em tirar uma foto, mas iam me chamar de demente, foi ai que lembrei, que a melhor câmera, são nossos olhos, então continuei olhando, como quem não quer nada, mas meus olhos brilhavam com tanta perfeição, como posso achar perfeito uma coisa tão simples? Pois bem, pra mim, não sei se pra você também, mas pra mim, nossa, foi inexplicável ver aquilo, o laranja do tempo de chuva, formava efeitos no céu, uma parte borrada e outra estrelada, como se metade fosse bom e aproveitador e a outra só coisas mortas, estranho, eu sei, mas pra mim, ah pra mim faz todo o sentido.

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