domingo, 26 de junho de 2011


Eu vi uma coisa tão estranha, não digo estranha de anormal e sim de fascinante, foi de dentro do carro, mas vi. Senti como se fosse a ultima vez a passar por aquela estrada, eu olhei tudo, tudo o que eu não enxergava antes, tudo o que você mal consegue enxergar, tudo o que o escuro esconde e a noite tampa. As arvores, elas pareciam até aquelas de filmes, de caminhos proibidos e perigosos. O céu, ele nunca estava tão preto quando ontem, nossa, foi assustador. E a lua, ela estava tão longe, tão distante, que mal a enxergava, ela tinha o formato de um sorriso, como o do gato da Alice, mas o mais contagiante era a cor dela, naquele momento, porque depois ela podia mudar, mas ali, ela permanecia vermelha, um vermelho com laranja, estranho mas real, eu nem acreditei, tanto é que mal parei de olhar. Mas olhando eu descobri, eu senti, que sozinha, eu não estava, que de você, eu não precisa, que em você, eu não pensava. Não mais, não agora.

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